Eu sempre digo que, antes da gente sonhar em conhecer outros países e Estados, temos de conhecer primeiramente o "nosso quintal". Ele certamente está cheio de histórias, curiosidades eaprendizados que temos, sim, de cultivar e apresentar ao mundo. Digo isso porque muitos amigos meus que moram em Belém sequer conhecem a ilha do Combú, por exemplo. A nossa atual queridinha do turismo gastronômico e ecológico (essa parte já nem tanto, pois observo uma falta de (re)planejamento para o turismo na ilha) tem muito mais a oferecer que somente um cardápio rico em peixes e o mergulho de rio. Para quem não sabe, a história da ilha está diretamente ligada ao trabalho de manejo de cacau, daí abre-se o leque para a produção de chocolate e consequentemente uma série de atividades relacionadas a este cultivo. Uma delas a trilha da chocolate da Ilha da Combú - que muita gente já fez e eu ainda me devia esse passeio. A "cereja do bolo" dessa trilha é na verdade a degustação do chocolate artesanal produzido ali mesmo.
momento de degustação |
A Amazônia Aventura conhece bem a região e promove a trilha do chocolate na Ilha do Combú. O preço é bem em conta - já inclui a travessia de barco (ida e volta) e, claro, os condutores. Por sinal, meus cumprimentos à equipe, todos bem carismáticos e competentes - um salve em particular ao condutor Deleon, que faz a gente encerrar o circuito se sentindo amigo de infância dele! No último feriado, eles me convidaram para fazer a caminhada e no final, considerei o melhor presente do dia das crianças que eu, adulto, poderia ganhar.
A trilha é claro, começa na Praça Princesa Isabel, local de onde partem as embarcações em direção a ilha do Combu. O barco leva direto para a casa da dona Nena, a casa de chocolate. A caminhada começa na samaumeira gigante e segue a trilha pela mata e vale do cacau. No caminho, alguns viveiros de abelhas que ajudam na polinização das árvores de cacau na ilha e a curiosa Paxiúba, árvore que anda. Sobre ela tem uma lenda indígena curiosa que não vou te contar, vais conhecer quando fizeres a trilha.
O ponto mais difícil da trilha é percorrer cerca de 800 metros sobre um terreno de várzea/mangue. Por ali, a caminhada segue com mais cuidados para que a gente não atole os pés na argila, nem se machuque nos troncos e galhos caídos pelo chão. Sobre essa parte da trilha, te conto no Youtube (obs: canal em fase de criação).
Tem outras dicas de trilhas neste blog:
- Rapel na ilha do Combu;
- Tirolesa e circuito aventura;
- Trilhas ecológicas no parque do Utinga, com direito a mergulho na piscina natural.
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