Rapel na Samaúma. (Foto: @deleon_art23) |
Já tem um tempo (eu diria anos) que vinha tentando fazer rapel aqui por Belém, mas toda vez que agendava acontecia algum imprevisto. Finalmente consegui fazer, graças ao convite da Amazônia Aventura. Esta experiência não podia ser em outro lugar a não ser na ilha do Combu. Que bom que este segmento esportivo está chegando por lá.
Foi praticamente um dia inteiro de contato com a natureza e uma adrenalina que começou com um pedal no Parque do Utinga, depois seguiu com um passeio de barco e caminhada pela floresta com condutores treinados. Toda uma estrutura e logística foi montada para a pratica segura do esporte. A esse circuito de atividades, a empresa chama de 'Ribeirinho' e é feito periodicamente - sugiro que vocês sigam o perfil deles para acompanhar o calendário da trilhas e obter as informações que desejarem. Vale muito a pena se aventurar com eles e vivenciar experiências incríveis por Belém de uma forma diferenciada e segura.
A samaumeira onde o rapel é feito fica por trás do restaurante Saldosa Maloca - o mais antigo e um dos mais conhecidos da ilha. A árvore, chamada popularmente de gigante da Amazônia, ali, é como se fosse o cartão postal do Combu. Há quem atribua uma energia mística sobre o vegetal e outras histórias que mexem com o imaginário. É uma centenária que esqueci a estimativa de idade (dona Prazeres nos disse lá, durante a trilha), que cresceu numa área cercada pelos terrenos que chamam de vale do Açaí e vale do Cacau. Lembrando que o manejo de cacau ajuda a contar a história da ilha do Combu, tendo sido por décadas a principal atividade econômica do lugar. Antes da pratica esportiva, a gente segue pelas trilhas entre os vales do açaí e do cacau, aprende um pouco sobre botânica e espécies nativas da Amazônia. Algumas pontes improvisadas sobre pequenos igarapés ajudam a dar um toque de adrenalina na caminhada, já que causam um pouco de receio para saber se aguenta mesmo o nosso peso. Mexe com o equilíbrio também.
Voltando ao rapel, uma plataforma é montada num dos galhos da samaumeira. A estrutura está a 25 metros do chão e a subida até lá é por meio de uma escada de corda (arborismo). A gente já começa a sentir a adrenalina tomar conta quando começamos a vestir os equipamentos de segurança. Capacete, luvas e outros itens que são indispensáveis para a pratica segura do esporte. Subir aquela escada cansa e muito.
Me disseram que a gente faz força mais na pernas e pés, mas eu senti que puxei mais com os braços e mãos - o que me atrapalhou bastante na descida do rapel já que esta, aí sim, depende da nossas força nos braços e mãos. Quanto a segurança do exercício, a equipe foi sensacional. Eu digo que eles praticamente me carregaram durante os primeiros metros da descida - até eu senti firmeza no que estava fazendo.
Eu não me perdoo por ter subido sem celular ou câmera. De lá do alto temos uma vista privilegiada de Belém e da própria ilha do Combu. Eu pouco olhei para baixo no início. Lembram que tenho medo de altura? Pois é.
Depois do rapel, o almoço foi no próprio Saldosa Maloca. Você é o responsável pela sua alimentação. Pedi uma moqueca vegana e não me arrependi. Sim, de vez em quando faço a linha fitness! A sobremesa, creme de cupuaçu em taça - taí um doce que vale a pena pagar. Porção generosa, inclusive.
Belém vista do Saldosa Maloca. O rio Guamá sendo a nossa rua |
Pedal
O Circuito Ribeirinho começa e termina com pedal. O aluguel das bikes está incluso no valor da trilha. Caso você tenha bicicleta e queira usá-la, eles dão um desconto (essa é uma dica do blog). No entanto, recomendo que usem as bikes da empresa. São boas e você fica menos preocupado em relação a deixar a sua no restaurante do Lulu enquanto atravessa para o Combu. O é muito prazeroso. Permite a gente a conhecer um pouco mais sobre o Parque do Utinga e alguns trabalhos desenvolvidos ali, como, por exemplo, o que é feito com as araras-jubas - um spoiler: quem já foi ao parque já deve ter visto algumas árvores envolvidas por uma lâmina de alumínio. Isto impede que cobras cheguem aos ninhos das araras e outras aves. Os condutores explicam isso durante a trilha.
O percurso inicia em frente a tenda da Amazônia Aventura, onde alugam as bikes e segue até o restaurante do seu Lulu, uma espécie de ponto de encontro de vários grupos de ciclistas. No caminho passamos por áreas de pesquisa da Embrapa, da Ufra... Dá até para encontrar búfalos (no dia do meu pedal, não tivemos esse privilégio de encontrar estes animais).
Galera que participou da trilha! |
Outras trilhas que fiz junto com a Amazônia Aventura, e recomendo:
- Passeio de aventura: Inclui tirolesa
- Circuito mapinguari: Inclui um mergulho no lago da Mariana (piscina natural)
Sobre a ilha do Combu, clique aqui.
Sobre a ilha do Combu, clique aqui.
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