O fantasma na igreja matriz de Vila Maú


Se você tivesse de passar a noite numa igreja ou num cemitério, qual você escolheria? É provável que a sua resposta mude após saber de uma história no mínimo curiosa que aconteceu no distrito de Vila Maú, em Marapanim, no nordeste paraense. Uma suposta manifestação sobrenatural na porta de uma igreja foi registrada por câmeras de segurança. Se achou isto inquietante, saiba que ocorreu por volta das 3h da madrugada, horário considerado por muitos como o intervalo de tempo em que espíritos costumam transitar pelo plano terrestre e tentam, de alguma forma, se comunicar com as pessoas - ou com os vivos, se assim preferir dizer.
O templo onde a tal visagem teria aparecido é a antiga Paróquia do Menino Deus, uma espécie de "igreja matriz" da comunidade e que possui décadas de existência - mais de um século, se considerar o tempo de fundação do vilarejo. A gente chama de antiga porque uma nova edificação, maior, foi construída ao lado dela.
Alguns moradores mais antigos, que costumam se reunir para uma prosa sentados na calçada da igreja, sempre relatam ouvir ruídos de bancos sendo arrastados ou de pessoas andando no interior do templo, durante a noite, quando ele já está fechado. Até então, os relatos eram de sons e nunca ninguém tinha visto nada de "anormal". Esta foi a primeira vez que algo teria sido visto e registrado por câmeras de segurança como forma de comprovar a veracidade do suposto fenômeno.

Os dados da filmagem indicam que a aparição sobrenatural foi na madrugada do último dia 20, quando o relógio marcava exatamente 3h29. Uma sombra aparece rapidamente e some na mesma proporção. O fenômeno dura menos de três segundos, mas o tempo é suficiente para deixar a comunidade com medo de passar em frente à igreja, neste horário. Tanto é que ninguém foi até a igreja neste horário para saber se é verdade ou não.
"A noite foi feita para dormir"
Quem tem mais de 30 anos de idade deve ter ouvido bastante dos avós a frase: "a noite foi feita para dormir e não para ficar andando por aí". A frase, ao mesmo tempo em que servia de regra para se recolher cedo e descansar para a rotina do dia seguinte, também deixava a garotada apavorada. Até porque geralmente essa máxima era ressaltada após as histórias de visagens e assombrações que deixava meninos e meninas de cabelo em pé. Ninguém queria pagar para ver se eram verdadeiras ou não.
Em Vila Maú, distante a 123 quilômetros de Belém, lendas e mitos fazem parte do imaginário popular e tem uma força muito grande. Por lá, a "Matinta Pereira" ganha outra denominação, a ’feiticeira", que causa medo ainda em muito marmanjo que defende, sim, a existência delas. Dizem alguns que ela não assobia, e sim grita (um grito agorento e assustador). Costuma aparecer para quem passa a noite na roça ou caçando na mata. Moradores das casas mais distantes do vilarejo alegam ouvir a feiticeira rondando suas residências.

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