Pela primeira vez em 44 anos Capanema, no nordeste paraense, celebrou Corpus Christi sem a procissão sobre o tapete de serragem. O trabalho artístico que traz imagens da Eucaristia e de ensinamentos bíblicos não deixou de fazer parte do evento. Mas foi montado apenas de forma simbólica para manter a tradição que atrai milhares de pessoas para a cidade neste dia. Todas as mudanças na programação aconteceram para evitar aglomerações e respeitar o distanciamento e isolamento social, reduzindo, neste sentido, os riscos de proliferação do coronavírus.
Sem a caminhada, o Santíssimo Sacramento foi conduzido em carro aberto pelas ruas da cidade. E a comunidade católica saudou Jesus Cristo presente na Eucaristia – significado da festa de Corpus Christi – da porta de casa. Alguns moradores ornamentaram pequenos altares em frente as residências e decoraram com balões.
Quem não pôde entrar no templo, acompanhou a solenidade pelas redes sociais. Muitas pessoas preferiram acompanhar a missa na praça, em frente à Matriz. Ficaram diante do tapete simbólico e da paróquia. Alguns lembraram que foi neste espaço coletivo da praça que a missa foi celebrada ano passado.
O comércio da cidade estava fechado por conta do feriado e das medidas restritivas da pandemia. Mesmo assim, o traslado também percorreu as vias do centro comercial. O cortejo durou cerca de duas horas e meia, tendo sido encerrado quando o Santíssimo regressou à Igreja Matriz.
A celebração de Corpus Christi em Capanema é um evento reconhecido pelo Ministério do Turismo e este ano teve como tema “O domingo e a Eucaristia. Palavra, pão, caridade e missão”.
Emoção, homenagem e despedida
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