Realmente Colares é uma ilha encantada

Nem só de mistérios ufológicos vive Colares, no nordeste paraense. Cercada de rios que formam belas praias - algumas delas ainda desertas, digamos assim - o interior da ilha guarda diversos paraísos. Alguns deles que eu já tinha ouvido falar e queria conhecer, como é o  caso do balneário da Rayane. Um lago verde (ou piscina de água natural) que fica num ramal distante do centro da cidade. A entrada não é gratuita, o ingresso custa R$ 3, mas vale muito a pena pagar. Não é permitido entrar com bebidas e alimentos. No espaço funciona o restaurante que vende um peixe delicioso.
Balneário (da) Rayane, em Colares-PA
As águas claras e cristalinas do balneário rendem um mergulho refrescante. Há partes rasas e outras profundas - uma pegadinha que requer cuidado porque o fato de você enxergar nitidamente a areia no fundo dá a impressão de que é tudo raso, portanto, mães e pais, observem os filhos que não sabem nadar.
Este paraíso rende fotos lindas e ressalto que os melhores cicks, sem dúvidas, é quando não há nuvem cobrindo o céu e o sol ilumina a piscina e o tom de verde das águas forma um espetáculo à parte.
Eu não consegui informações corretas sobre o nome desse ramal. Numa rápida pesquisa na internet encontrei o endereço Rua Rodoviária 0, Vila do Caba, Fazendinha. Para quem não conhece a cidade, é importante se informar bastante sobre essa estrada que pode parecer um "labirinto" para quem vai pela primeira vez. Repito, o balneário: não é perto da área urbana.
Hospedagem e alimentação
A hospedagem em Colares fora da alta temporada não é cara! Pousadas oferecem quartos com diárias a partir de R$ 45. As "melhorzinhas" cobram de R$ 60 a R$ 80 na diária e sempre, sempre, é possível negociar com os proprietários.
Em relação a alimentação, também é possível comer bem e pagar pouco. Particularmente, recomendo almoçar no restaurante "coisa fina", que fica de frente para a entrada do cemitério. Comida deliciosa e com sabor caseiro. Pratos feitos (e bem feitos, diga-se de passagem) variam de R$ 12 a R$ 13.
À noite, as opções de comida são os lanches - a dica vai para a pizzaria "Demorou", que fica ao lado do restaurante Coisa fina. A pizza é gostosa e tem preço acessível. Os hambúrgueres de lá são bem generosos também! ah! A própria dona do estabelecimento é quem atende os clientes e ela é muito acolhedora!
O fenômeno "chupa-chupa"
Colares, que é ilha e município, já me rendeu diversas postagens neste blog. Inclusive, no ano passado, foi tema de uma série de reportagens que fiz para o Diário do Pará, junto com o fotojornalista Wagner Santana, quando falamos sobre os 40 anos da Operação Prato - a maior intervenção militar já realizada no Brasil para investigar o aparecimento de objetos voadores não identificados.
Em 1977 corpos luminosos sobrevoaram os céus da região e atacavam os moradores com uma luz que lhes enfraquecia e fazia com que as vítimas desmaiassem. É como se o sangue delas tivesse sido chupado - daí o fenômeno ficou conhecido por "chupa-chupa". Uma destas vítimas  ainda está viva e é conhecido pela apelido de "tenente". Hoje, o tenente mora num sítio que é todo ornamentado com temas ufológicos. Inclusive, ele sempre recebe turistas e conta um pouco da sua história e o que aconteceu com ele naquela noite de setembro de 1977. Eu sempre recomendo quem for a Colares, que faça uma visita à ele. é muito interessante - se possível, levem dinheiro para comprar açaí ou artesanato produzido no sítio dele. É uma forma bacana de poder ajudar.
Outro personagem interessante para conversar, em Colares, é o seu Rosil Aranha. Pescador e amigo pessoal do capitão Hollanda que participou de diversos momentos da Operação Prato. O seu Rosil é muito reservado, dificilmente fala sobre, mas com um jeitinho é possível ouvir algumas das muitas histórias que ele tem para contar.
Para os ufólogos, não há dúvidas de que Colares foi visitada por seres extraterrestres. Muitos ainda acreditam que estes seres estejam entre nós - e também na cidade, que apenas recente despertou para o turismo ufológico. Estatuas de ET's estão espalhadas pela cidade e ajudam a preservar o imaginário do "chupa-chupa"
Boneco "Chupa-chupa"/ET na orla que faz uma homenagem aos pescadores de Colares
Ah! Por favor, visitar a livraria do Agildo Monteiro é uma parada obrigatória, em Colares! A livraria fica na Orla, em frente a estátua/monumento do Bom Jesus dos Navegantes.
Olha eu ganhando um autógrafo do Agildo! (Foto: Wagner Santana)

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