Rally do sol: A adrenalina na rota do verão paraense

Rally do sol (Foto: Maycon Nunes/ Diário do Pará)
O rallye do sol entrou para a lista de esportes e aventuras que ainda pretendo fazer um dia. Em 2018, o evento chegou em sua 22ª edição e eu tive a oportunidade de cobrir. O resultado é que agora eu quero participar da próxima edição, afinal automobilismo e motociclismo é adrenalina pura. Aliás foi adrenalina misturada a paixão pelo esporte que levou cerca de 200 competidores a participar rally, este ano. O percurso, que começou na Região Metropolitana de Belém, passou por 40 localidades – dentre municípios, fazendas e vilarejos rurais – e encerrou na orla da praia do Maçarico, em Salinópolis, nordeste paraense.
Rally do sol (Foto: Maycon Nunes/ Diário do Pará)
No caminho, os condutores de carros, motocicletas e quadriciclos se aventuraram por igarapés, mato, lama, pontes e estradas de terra batida e outros obstáculos naturais. Um verdadeiro show de direção com manobras espetaculares que arrancaram os aplausos de quem assistiu a passagem dos competidores em pontos estratégicos.
Com os veículos “envenenados” e preparados para percorrer em sete horas e meia o percurso de 350 quilômetros, os participantes chegaram ao ponto de partida antes mesmo do sol nascer. O ranger dos motores e o ensaio de manobras acrobáticas de motociclistas eram apenas testes para verificar se as máquinas estavam mesmo afiadas.
Rally do sol (Foto: Maycon Nunes/ Diário do Pará)
Ainda na concentração encontrei com o experiente Thyago Veloso, de 32 anos, que conquistou o 1º lugar na modalidade quadriciclo, em 2016. No ano passado e este ano ele subiu ao pódio, ocupando o terceiro lugar. O Thyago estava bem tranquilo, não demonstrava nervosismo e nem ansiedade - acho que isso era um diferencial para quem estava preparado. Os acessórios de segurança e a roupa dele chegava a pesar  cerca de 10 quilos. “Até isso é preciso levar em consideração na hora da preparação”, contou.
Rally do sol (Foto: Maycon Nunes/ Diário do Pará)
O percurso de quadriciclos e de carro foi o mesmo. Já a trilha que os motociclistas enfrentaram foi diferente, mas tão radical quanto. Isto é importante para reduzir o risco de acidentes por atropelamento - caso algum motociclista caia e venha um carro logo atrás. Apenas os primeiros quilômetros foram comum a todos os participantes e não foi difícil compreender já que em menos de vinte minutos de rally presenciei 6 quedas de motociclistas. O percurso das trilhas do rally foi elaborado por Jânio Matsunaga.
De início os participantes enfrentaram um ramal de piçarra, que tinha um ponto de alagamento de quase 100 metros de extensão – um cenário que lembra a transamazônica em período de chuva. Ali, motoqueiros caíram, jipes derraparam – um saiu da pista e entrou no mato. Teve carro que perdeu a caixa de marcha neste trecho. Mas tudo isso, era só a prévia do que se enfrenta no rallye
Na comunidade de João Novo, no distrito de Americano, em Santa Izabel do Pará, o desafio para os motoqueiros era cruzar um igarapé.
Rally do sol (Foto: Maycon Nunes/ Diário do Pará)
Na comunidade canto da Ilha, no município de Maracanã, um atoleiro reservou um teste para saber se os participantes tinham técnica e habilidade para atravessar por um lago de lama. O segredo era passar com o veículo pelo meio do aguaceiro, onde o fundo era de areia e seguro. Nas margens, o mato e a lama dificultavam a passagem dos veículos que acabavam atolando.
Os moradores da comunidade aguardavam ansiosos pelas passagens dos veículos. Claro que muitos também queriam se divertir as custas dos que caíam e ficavam atolados; mas ainda, assim, curtiam a este espetáculo que é o rally do sol.
Enquanto repórter assistindo e cobrindo tudo isso, a minha vontade era de entrar num daqueles carros e seguir com os competidores.

e eu tietei uma foto com o Thyago Veloso e o troféu do rally

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