Considerada uma das capitais do turismo ufológico no Brasil, Colares, no nordeste paraense, se apresenta como um destino de viagem peculiar. Por lá, um mistério paira no imaginário da população e na história do lugar que na década de 1970 foi visitada por corpos luminosos que sobrevoavam os céus, a noite, e atacava os moradores sugando-lhes o sangue – daí o fenômeno passou a ser chamado de “chupa-chupa”. Os ufólogos até hoje estudam e acompanham esse caso e não duvidam de que a região foi visitada por alienígenas.
Atualmente, bonecos que lembram como poderiam ser estes seres extraterrestres estão espalhados por toda a cidade, na orla da praia, nas praças, pousadas e até na biblioteca do escritor Agildo Monteiro, o principal espaço cultural de Colares.
Visitar a cidade, seja nas férias ou entre época do ano, é mergulhar numa aventura marcada por um mistério sem explicação – que foi investigado pela Força Aérea Brasileira (FAB), inclusive, por meio da Operação Prato, que em novembro passado completou 40 anos.
Colares é banhada por praias – entre elas a do Machadinho, pouco frequentada, e onde os moradores dizem que a energia no lugar é diferente. Talvez pela frequência na qual os corpos luminosos foram vistos.
Os igarapés de água geladinha e corrente é um atrativo a mais, na cidade ufológica.
Dica de visita: Biblioteca de Agildo Monteiro
O escritor Agildo Monteiro Cavalcante mora em Colares e abre as portas de sua casa para receber leitores e amantes das artes. Uma visita a ele torna a viagem para Colares ainda mais gostosa. A placa “Livraria de Colares” confeccionada em madeira nobre é pequena e passa quase despercebida diante dos bonecos monumentais de extraterrestres na frente da casa.
A livraria do escritor é a única que existe na região e mais que um espaço para a leitura e lazer é uma espécie de museu particular que divide com a cidade. “Eu tenho aqui peças que fui reunindo ao longo de anos, aqui, na cidade. Uma delas é esta telha que pertenceu ao primeiro coreto de Colares. Foi trazida da França e que quase se perdeu com a derrubada do coreto”, aponta Agildo.
Entre as peças que possui em sua galeria - a qual batizou de “Memorial de Colares” – também encontra-se moedas dos séculos XIX e XX, recortes de jornais antigos, boias de embarcações antigas, quadros. “Um morador da cidade foi construir a sua casa e na escavação encontrou um cachimbo, de caráter rústico, artesanal. Estou pesquisando para saber se pertenceu a tribos indígenas que habitaram a ilha há mais de 400 anos”, frisou.
A conversa com escritor pode levar a tarde inteira e a pessoa perceber o tempo passar. Agildo já perdeu as contas de quantos livros tem no espaço – quantos estão disponíveis para venda e quantos disponíveis apenas para consulta. “Só da minha autoria são 17 livros”, enumerou.
“Todo mundo tem a obrigação de conhecer a sua história e a história da região onde mora”, frisou o escritor. “Colares é uma ilha mística, encantada por mistérios e de muitas histórias”, acrescentou.
Colares
Como chegar:
- De carro particular ou ônibus intermunicipal.
Valor da passagem no ônibus: R$ 17,80
Quem vai de carro, precisa pagar a travessia de balsa: R$
Alimentação e hospedagem
- Pousadas com diárias a partir de R$ 120 (quarto para 3 pessoas)
- Restaurantes oferecem PF a partir de R$ 8
Comentários
Postar um comentário