Sítio Paraíso, em Colares-PA.
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Um fenômeno misterioso que ilumina os céus de Colares, no nordeste paraense, completou 40 anos e até hoje se têm muito mais perguntas que respostas para explicar, de fato, o que foram aqueles corpos luminosos que sobrevoaram a região, em 1977. Tais estes objetos voadores não identificados atacavam as pessoas com um feixe de luz e chupavam o sangue delas. Daí o nome popular de “chupa chupa” ter sido dado ao fenômeno que não foi um caso isolado de Colares.
Em diversos municípios da região nordeste, como Viseu, Vigia e Santo Antônio do Tauá há relatos sobre o aparecimento de corpos luminosos no céu. Até mesmo em Belém o fenômeno aconteceu. Jornais da época noticiaram que no início de novembro de 1977 moradores do bairro da Pedreira avistaram corpos luminosos no céu. Na Baía do Sol, em Mosqueiro, uma mulher também foi atacada por um ufo (como também são chamados os Óvinis).
Na verdade, os relatos sobre o aparecimento destes ufos começaram pelo Maranhão. De lá, o fenômeno veio sendo observado por toda a região nordeste paraense. No entanto, foi em Colares – que fica a 100 Km de distância da capital paraense - que os ataques e a ocorrência do fenômeno foi mais forte.
Ufólogos no farol de Colares.
Foto: Wagner Santana
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A população inteira estava em pânico e vivenciando o caos. O comércio já estava desabastecido. Não havia suprimento para toda a comunidade. Muitas pessoas deixaram a cidade com medo. À noite, a população ficava em vigila. Acendiam fogueiras, batiam panelas e soltavam fogos de artifício na tentativa de espantar o “chupa chupa”. Quem tinha espingarda em casa ficava com ela em punho pronto para atirar se caso a “luz” aparecesse.
“É um mistério que até hoje ninguém sabe explicar. As luzes apareciam na mata e sumiam. Ninguém dormia. Até as crianças ficavam na rua sob o olhar dos pais”, lembra a aposentada Maria Correia, de 66 anos.
Diante pânico se instalou na cidade, a prefeitura encaminhou ofício à Força Aérea Brasileira pedindo ajuda já que o fenômeno aparecia nos céus. O documento foi enviado ao I Comando Aéreo Regional (I Comar) em agosto daquele ano. Em setembro, uma equipe de militares chegou em Colares para investigar o que estava acontecendo. A Operação Prato, como foi batizada, é a maior intervenção militar já realizada no Brasil para investigar e observar o aparecimento de objetos voadores não identificados (Óvnis).
No entanto, a operação foi suspensa em novembro de 1977 pelo comando da Aeronáutica e a população de Colares nunca teve uma resposta ou explicação concreta por parte dos militares sobre o fenômeno “chupa chupa”. O mistério apenas continuou e ganha cada vez mais hipóteses e teorias para explicar o que seriam os corpos luminosos.
Em 1997, 20 anos depois do caso, o chefe da operação Prato coronel Uyrangê Hollanda – na época capitão Hollanda - deu entrevista ao programa Fantástico da TV Globo e também a uma revista sobre ufologia na qual declarou que o que viu nos céus de Colares, após várias noites de observação, foram discos voadores ou ufos.
Obras criadas com base nos relatos sobre o "chupa chupa" |
Nenhuma dessas perguntas é respondida no relatório da Operação Prato, cujo documento (ou parte dele) está disponível para consulta no Arquivo Nacional.
Mesmo com a suspensão da operação, o capitão Hollanda voltou, por conta própria, diversas vezes a Colares a fim de obter respostas. No entanto, até os seus arquivos pessoais (fotos, vídeos, gravações) foram recolhidos pelo I Comar e, então, guardados. Nem o próprio capitão teve acesso a este acervo depois.
Mesmo com a suspensão da operação, o capitão Hollanda voltou, por conta própria, diversas vezes a Colares a fim de obter respostas. No entanto, até os seus arquivos pessoais (fotos, vídeos, gravações) foram recolhidos pelo I Comar e, então, guardados. Nem o próprio capitão teve acesso a este acervo depois.
Hollanda foi encontrado morto dentro de casa, dois meses depois da entrevista ao Fantástico. Até hoje a morte dele é um mistério que paira entre a teoria dele ter sido assassinado por ter feito revelações de informações secretas ou mesmo dele próprio ter cometido suicídio.
A Portaria do Comando da Aeronáutica nº 551/GC3, de 09 de agosto de 2010, trata sobre o envio periódico dos relatos de fenômenos aéreos recebidos pelo Comando Aeroespacial (COMAE) ao Arquivo Nacional, isto é, o Comando da Aeronáutica vai receber, registrar, catalogar e encaminhar os registros para aquele órgão, onde serão disponibilizados para consulta pública.
Que babado fortíssimo... adorei o post! ����
ResponderExcluirObrigado!!!
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