Mistério do "chupa chupa": Vítima jamais esqueceu o ataque


Newton Cardoso, o "tenente". Uma das vítimas do "chupa chupa".
Foto: Wagner Santana
Aos 61 anos de idade, o pescador Newton de Oliveira Cardoso não consegue esconder o trauma do ataque da luz, em setembro de 1977. O relato dele é parecido com o de outras vítimas do fenômeno. Teve o corpo paralisado pela luz, sentiu uma forte quentura e em seguida teve o corpo furado. “Eu tinha 21 anos naquela época. O dia exato do ataque eu não lembro, mas te garanto que o fenômeno já estava acontecendo. Os militares já estavam até na cidade”, comentou.
Conhecido pelo apelido de ‘tenente’, seu Newton é uma das poucas vítimas ainda viva do fenômeno. Ele lembra que no dia do ataque não queria dormir em casa, no centro de Colares, porque tinha medo. Decidiu, então, dormir na casa da namorada, que ficava na comunidade de Mucajatuba, que fica a uma distância de aproximadamente 3 quilômetros da cidade.
“Eu cheguei lá dizendo que não ia voltar a noite para Colares porque estava aparecendo um negócio que chupava o sangue das pessoas. Então me deram uma rede para dormir e eu armei ela no corredor da casa. Na rede ao lado deitou a minha sogra”, relatou tenente.
Bastidores da entrevista do "tenente" ao jornalista Denilson d'Almeida.
Foto: Wagner Santana
A comunidade também fazia vigília em Mucajatuba e ficava de sentinela, caso algum corpo luminoso aparecesse. E justamente na noite em que o tenente escolheu dormir na casa da namorada, um objeto luminoso sobrevoou o imóvel. A Luz foi vista por todos na rua que começaram a gritar.
Dentro da casa, deitado na rede, o tenente sentiu uma forte quentura no corpo e em seguida uma “fisgada” no pescoço. “Eu pedia socorro, mas não conseguia ouvir as pessoas. Eu ‘apaguei’(desmaiou). Quando acordei a casa estava cheia de vizinhos e eles diziam que tinha sido o ‘chupa chupa’ porque viram a luz em cima da casa”, prosseguiu Newton, o tenente. “Eu não sei como aquilo aconteceu. A casa tinha telhado, mas tinha um buraco”, destacou.
Em virtude da distância até o posto de saúde, Newton não procurou ajuda médica. Mas foi procurado pelo capitão Hollanda, no dia seguinte, para que ele relatasse o que tinha acontecido. “Ele (o capitão) me mostrou umas formas de ET’s, mas eu disse que não podia ajudar porque não vi nada. Ele já tinha desenhado formas dos corpos luminosos e dos seres, mas eu nunca vi”, acrescentou Newton.
bastidores
No final da entrevista, o tenente se emocionou e sofreu mal estar ao lembrar do ataque. Apresentou sintomas de pânico ao lembrar daquela noite. “Eu dormi por muito tempo embaixo de um balcão pensando que ali eles não me achariam”, desfechou.
Hoje, Newton Cardoso mora em um sítio próximo a cidade de Colares. No terreno ele construiu uma espécie de praça onde colocou monumentos de seres extraterrestres e no centro uma miniatura do que seria uma nave espacial em formato de globo. “Eu recebo pessoas aqui do mundo todo que procuram saber da história, mas ninguém tem resposta”, desfechou.

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