Bloco “Rabo do Peru”


Icoaraci encerrou a folia em grande estilo, com o "Rabo do Peru" conduzindo 100 mil brincantes pelas ruas, uma manifestação popular com vários gêneros musicais, das tradicionais marchinhas ao tecnomelody e ao axé. Para não deixar de lado a crítica social, os organizadores do bloco defenderam o tema "Icoaraci, município já", anseio dos que pretendem ver o distrito como um dos mais novos municípios do Pará.


O Rabo de Peru existe há 16 anos. O destaque é um peru gigante esculpido em isopor e ornamentado com material reciclado. A escultura é montada sobre um carro alegórico, puxado pelos próprios foliões durante o percurso que começou na travessa Soledade e se encerrou na Praça da Matriz. Atrás do carro com o peru, seguiram três trios-elétricos de pequeno porte com aparelhagens de som e mais uma banda de fanfarra.


Nas fantasias dos brincantes predominou a criatividade. Se vestir de mulher não foi o suficiente para o folião Beto Santos que ressaltou que durante o carnaval é preciso incorporar um personagem. "Eu me vesti de Beth Cabeluda. Adoro o Rabo do Peru porque aqui eu me rasgo", brincou. Para a sua fantasia, Beto usou trajes femininos e adaptou perucas em várias partes do corpo para fazer jus a sua personagem.


O operador de caixa, Cleiton Luís, de 24 anos, participou com toda a família pela primeira vez do bloco e considerou a brincadeira uma "maravilha". A família de Cleiton optou por uma fantasia padronizada onde todos se vestiram de "Diabinhos".


Diferente de como fez em anos anteriores, quando saiu no bloco fantasiado de mascarado, o morador de Icoaraci Aléx Nassar, de 25 anos, assistiu a passagem do bloco Rabo do Peru da frente de sua casa e comentou o crescimento do bloco. "No começo eram poucas pessoas, mas percebi que com os anos o público se multiplicou", ressaltou. "Este é um dos melhores blocos de carnaval que conheço. Agora as expectativas ficam para o próximo ano", considerou.


Cerca de 200 homens da Polícia Militar garantiram a segurança dos foliões. O Coronel PM Jair, lamentou a ausência de outros órgãos que deveriam ter prestado assistência ao Bloco. "Os outros órgão não cumpriram com o acordo. Só a PM está presente", frisou. A PM também fez o papel de agentes de trânsito porque a Companhia de Transportes de Belém (Ctbel) não compareceu. A nossa reportagem tentou contato com a Ctbel e não conseguiu falar com a assessoria.

Comentários