As cores vivas e fortes das pipas (em inglês kite) dão mais tons e vida no céu de Salinópolis, nordeste paraense. O risco deixado por elas no ar, principalmente quando o vento está forte, viram um espetáculo protagonizado por atletas e aventureiros que encontraram nos lagos naturais das praias do Maçarico e Atalaia o local ideal para velejar. Esta região até pouco atrás entrava no roteiro de viagens para quem buscava apenas se divertir nas festas mais badaladas do verão paraense.
Salinópolis fica na ponta oceânica que banha o território paraense. Possui praias paradisíacas, dunas, áreas de mangue e igarapés que rendem ótimos passeios. Nas praias do Farol Velho e Atalaia, quando a maré está baixa, a areia vira estacionamento – este é um dos principais atrativos do lugar, pela comodidade que os turistas sentem.
Alavancado principalmente pela prática do kitesurf o turismo de aventura começa a movimentar a economia de Salinas e coloca a região na rota internacional dos aventureiros que agregam esportes e contato com a natureza. Um novo “kitepoint” foi montado na orla da praia do Maçarico, onde grupos de velejadores e surfistas de vários lugares do mundo se reúnem para surfar nas ondas da região. O espaço está, inclusive, interligado a serviços de hospedagem low price (baixo preço) e a um centro de formação e aluguel de equipamentos.
“A cidade está se readaptando ao turismo e se reestruturando para receber este novo perfil de turistas. O Pará é o primeiro Estado da região norte a ter um centro com certificação internacional e a gente não pretende explorar [financeiramente] o turista e sim incentivá-lo a retornar”, frisou Eduardo Freire, 37, proprietário do kitepoint. Dudu, como é conhecido, está entre os velejadores mais antigos da região.
Atualmente, o kitepoint mais próximo do Pará fica na cidade de Fortaleza (CE), no nordeste brasileiro.
Kitesurf
O kitesurf é uma modalidade esportiva que une surf, windsurf, wakeboard, esqui e vôo livre. Inclusive é considerado um dos esportes do momento, sua pratica também é vista com frequência nas praias de Icoaraci, Mosqueiro e Outeiro, na Região Metropolitana de Belém; Crispim, em Marapanim; Algodoal, em Maracanã; e Ajuruteua, em Bragança. No entanto, Salinópolis é o primeiro município a sediar um centro de formação de atletas e também espaço para a pratica. O curso básico tem em torno de 10 horas.
As manobras e aulas são ministradas pelo francês Linet Xavier, 48, um dos poucos velejadores a ter certificação internacional. Quando não está na água, com a prancha, ele está no ar com o seu paramotor (uma espécie de parapente, só que com o atleta carregando um motor nas costas) fazendo voos panorâmicos pela região do salgado.
“Eu já estive em vários lugares do mundo, mas em Salinas encontrei as melhores condições para velejar. Estamos, sim, otimistas para tornar a região a capital do turismo de aventura na Amazônia por meio do esporte”, comentou Xavier.
O paramotor também está entre os esportes radicais de Salinópolis
Salinópolis
Como chegar:
- De carro particular, van ou ônibus intermunicipal.
Valor da passagem: R$ 37
Alimentação e hospedagem
- Pousadas com diárias a partir de R$ 90 (hostel)
- Restaurantes oferecem PF a partir de R$ 15 e refeições (2 pessoas): R$ 50
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