Foto: Márcio Ferreira/Agência Pará |
A vontade de fugir dos transtornos das grandes cidades. Embarcar numa viagem em que levar o mínimo necessário é tudo o se que se precisa para se aventurar pelos campings da Ilha de Algodoal, no município de Maracanã, nordeste paraense. Maiandeua – nome verdadeiro da ilha – é um lugar frequentado principalmente por quem gosta de usufruir da sensação de liberdade e pouco se preocupa em se exibir para os demais. Motivados unicamente pelo desejo de curtição, em Algodoal não importa o que você está vestindo, usando ou tem. Lá, o que se leva em consideração é o entrosamento, a alegria e a parceria para formar grupos e selar novas amizades.
Há duas formas para chegar a ilha. A mais fácil e rápida é indo para a praia de Marudá, em Marapanim, onde tem o trapiche de onde partem os barcos para Algodoal. O valor da passagem por pessoa custa em torno de R$ 8 e a travessia leva de 40 minutos a uma hora, dependendo do porte da embarcação e das condições da maré. Para os mais sortudos essa travessia pode ser feita na companhia de botos, sempre vistos nas águas da região.
Ao chegar na ilha, a caminhada até o centro da vila é de 2 quilômetros – alguns fazem o percurso em charretes, único meio de transporte na ilha. O trajeto já começa na beira da praia, tendo Marudá no horizonte.
Até pouco tempo os regueiros e hippies representavam o público que mais frequentava a ilha – principalmente quando nem havia energia elétrica na região. Hoje, pode-se dizer que Algodoal popularizou e o público que frequenta é bastante heterogêneo. Tanto que até o tecnomelody já é ouvido em bares e barracas ao longo da praia da Princesa e também na vila. Antes, se ouvia apenas reggae, rock e carimbó.
Algodoal apresenta uma estrutura predominantemente rústica, mas já possui hotéis, pousadas e kitnets para aluguel por temporada. Porém, os campings (terrenos onde os turistas armam barracas/acampamentos) são os que mais costumam lotar. Hoje, estes espaços já possuem melhor estrutura e oferecem até banheiro coletivo para os aventureiros.
Geralmente poucas pessoas vão para a praia da Princesa (pela manhã), pois amanhecem dormindo depois de curtir a noite nos bares Lua Cheia e Boiador. À tarde, todos seguem em direção a praia e ficam até o anoitecer. O point é no entorno do bar da Pedra.
O sinal de internet e telefone na ilha oscila bastante, o que ajuda os veranistas a se desprender do mundo virtual e curtir o paraíso que é a Algodoal.
Ficar em hotel é para os fracos, bom mesmo é acampar na praia
Em Conceição do Araguaia, localizado na divisa com o Tocantins, acampar na praia é o que leva milhares de turistas para a cidade entre os meses de julho a novembro. Isto porque o nível do rio Araguaia, que banha a cidade, diminui em virtude da redução do volume de chuvas e os bancos de areia formam belas praias de água doce.
Em razão das praias e formarem no meio do rio não há estrutura para bares e pousadas para alojar os visitantes. Por isso, a maior parte de quem vai para essas praias – com a intenção de passar dias – leva as barracas e monta acampamento. Uma aventura indescritível.
Entre as praias que se destacam estão a Alta, das Gaivotas e a praia verde – onde a água tem tonalidade marrom e o acesso é pelo rio.
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